Coluna Village News (escrita por Clóvis de Mello)

    1 - Estamos prestes a ter um treco! (exibido em 31/08/2010)

 

Não precisamos ir muito longe para ver, ao vivo e a cores a imensa falta de paciência que estamos vivendo nos últimos anos. Não importa onde, não importa o horário nem sequer com quem estamos ou se estamos sozinhos; o que prevalece é a total falta de sanidade diante de pequenas situações onde deveria resultar a compreensão, o equilíbrio, a educação e a vontade de nos tornarmos melhores a cada dia.

O trânsito é um exemplo cabal do que estou falando.

É muito comum ver acontecer no dia a dia, aqueles incômodos dissabores que ocorrem pelo grandioso número de carros, que aumenta a todo instante. Sem a menor cerimônia a gente se deixa levar pela pura consciência de que somos os melhores no trânsito e qualquer errinho de outro motorista causa terror e muita cara feia.

E aquele consumidor que pára o carrinho no meio do mercado para conferir o preço na gôndola? Esse merece toda sorte de pensamentos graves e questionamentos de “Ele acha que está sozinha no mercado?”.

No fundo estamos cada vez mais egoístas!

Mas, amigos, acreditem tudo isso tem solução.

Você já deve ter sentido um lampejo de felicidade, um nanosegundo de satisfação quando, no trânsito, por exemplo, deixa passar alguém que lhe estende a mão e agradece em seguida com uma rápida buzinada, ou, sentiu a mesma satisfação quando abaixou para pegar algo que tenha caído da mão de alguém, numa atitude despretensiosa e repentina de ajuda e percebeu a gratidão no rosto da pessoa. Como prolongar esse êxtase de satisfação e alegria? Simples, tomemos mais atitudes como esta e a satisfação durará mais. Entramos nesta vida de uma forma e acho que temos a obrigação de sair dela melhorados.

É claro que não é fácil, face a todas as adversidades que nos aflige, mas, se queremos melhorar as coisas temos que iniciar essa revolução dentro de nós mesmos.

Vamos aproveitar enquanto podemos ser gentis, amáveis, úteis e servidores. Vamos amar mais - é tão bom, e vamos definitivamente afastar a possibilidade de ter um treco.

Abraços a todos.

Estamos a bordo.

 

    2 - Ampliando o espaço interno (exibido em 16/09/2010)

 

Acho extremamente saudável – e não tem como não achar afinal isso faz parte do nosso veio social – a multiplicidade de amizades.

Assim como a música, onde você se pega dizendo “não, acho que jamais vou gostar de outra música desta forma”, a amizade também chega em momentos diferentes da vida e nos faz sentir bem novamente. Não que nossos amigos de mais tempo não o façam, mas, de repente a gente se sente tão bem na companhia de algumas pessoas que soa muito estranho achar que só temos esse trecho de vida. Algumas pessoas nos deixam a impressão de já havia, há muito, algum vínculo de relacionamento.

Quando conseguimos reunir a todos que gostamos então, ai acontece uma coisa que eu chamo de encaixe. É visível que cada um fica à vontade ao seu modo e o grupo aproveita de momentos que permanecem sempre marcados na memória. Rememorações do que foi dito e feito, risadas dos momentos engraçados e vontade de prolongar um pouco mais a companhia tão agradável que tira da gente, por momentos preciosos, toda a preocupação e ansiedade.

Tive a grata satisfação de receber como novos amigos, um casal extremamente amável e que faz da amizade algo leve, sem preocupações e obrigações. Um casal jovem, com a mente aberta para a vida e com planos de crescimento que acabam nos envolvendo às mesmas vontades. Acho que é isso que faz uma nova amizade. Renova você em sua luta diária para a vida; serve como paradigma para as vezes que nos sentimos estacionados e sem objetivos.

Uma nova amizade é tão saudável que acaba por renovar até os laços entre os amigos de mais tempo.

Se me permitem uma dica, busquem também vocês este elixir de renovação.

Aumente o espaço interno de seu coração para que caibam tantos mais amigos quanto puderem buscar.

Muitas vezes a cura de alguma ferida está ao nosso alcance em forma de uma nova e boa amizade.

Abraços a todos.

Estamos a bordo.

 

    3 - A parcela de cada um (exibido em 30/09/2010)

 

Todo mundo quer ter paz, mas parece que algumas pessoas fazem questão de mantê-la à distância.

Acredito que a busca incessante pela tranqüilidade de espírito seja algo importante na vida de todos nós. Você só consegue sentir essa paz em total plenitude quando as pessoas que o rodeiam também sentem o mesmo. E à medida que as pessoas que estão a nossa volta estão felizes, você vai ficando também e passa a olhar com olhos compridos querendo que mais pessoas, mesmo que a uma distância regular também se sintam bem, criando uma atmosfera agradável de viver e conviver. Esse seria o molde ideal. Pode parecer utópico, mas é, em minha opinião, o formato adequado para que se expanda a paz mundial.

Mas, infelizmente a gente vê todos os dias exemplos do inverso desta minha forma de enxergar melhorias para todos.

Li a reportagem onde um jovem australiano arrancou páginas da Bíblia e do Alcorão e usou como papel de cigarro, fumando na frente da câmera em ato exibido pelo Youtube.

Ora, convenhamos, o que este jovem busca demonstrar com tal ato? No que este tipo de atitude ajuda no convívio entre os seres humanos? Que coisa boa uma ação néscia como essa pode promover no sentido de ampliar o amor entre os homens? Lamentavelmente, nenhuma.

Tenho como regra que, se você não está apto a realizar nenhum feito que possa ser útil a humanidade, ao menos não faça nada de inútil!

É lógico que todos nós temos o livre arbítrio e podemos fazer aquilo que bem nos dá na telha, desde que seja algo que não interfira no direito de outrem, porém, vemos com freqüência pessoas que chegam ao limite da tolerância e o fazem para, definitivamente, desafiar a normalidade e tentar se colocar acima de todos.

Minha indignação não está fixada no fato do rapaz ter rasgado páginas de livros sagrados – estaria tão indignado se ele o fizesse com páginas de um clássico - mas sim por ter tomado uma atitude completamente inútil para demonstrar sua falta de fé. E não me parece falta de fé em Deus e sim a falta de fé no próprio homem.

Às vezes posso transparecer estar acomodado em meu mundinho e aceitar calado a tudo que nos é imposto. Não é isso. Trata-se apenas de entender que podemos e temos o dever de evitar que as coisas piorem; de buscar conseguir maneiras e atitudes para apaziguar os corações de todos e não criar mais monstros do que já temos habitando nossos pesadelos.

Cabe a todos nós avaliar nossas atitudes. Entendo que quanto mais jovens estamos, mais cheios de gana em provar do mundo também. Mas, seja qual for a idade, sexo, religião ou não, a cada um cabe uma parcela grande de responsabilidade no fomento ao humanismo. Não precisamos de mais horrores, de mais guerras de mais povos sofrendo. Precisamos de sorrisos, de carinho e compreensão.

Não importa se alguns ou muitos erros na história balançaram os pilares do mundo e nos relegaram a certo ceticismo. O que importa é que tenhamos a sensatez de olhar com positivismo para frente, acreditar que o futuro sempre será melhor e colaborar para que esse nosso planeta seja bom e suficiente para todos.

Um abraço a todos.

Estamos a bordo.

 

    4 - A necessidade de tentar (exibido em 20/10/2010)

 

Conversando com um amigo, pude ouvir de sua própria boca que, todas essas coisas que escrevo são, de certa forma, muito interessantes e boas de ler. Trazem, por momentos preciosos, um pouco de alento e tranquilidade, mostrando um lado bom que todos deveríamos seguir. Mas seu comentário saiu juntamente com a certeza de que, no papel as coisas são fáceis, mas, no dia a dia, na vida real, não é bem assim. Eu concordo que a vida é mais cheia de fatos que complicam do que fatos que explicam, no entanto, nós não podemos deixar de lado a busca constante da tentativa de melhoria.

O que quero dizer, é que, se não nos policiarmos, nos tornaremos pessoas amargas e solitárias, por mais que tenhamos sempre amigos ou familiares a nossa volta.

Buscar evitar um infarto no trânsito é difícil, eu sei, mas, eu tento. Todos os dias eu tento e cada vez que consigo evitar um achaque, me sinto vitorioso e capaz de mudar a forma mais comum de agir.

Cada vez que me calo diante do “amigo” que adora levar vantagem e tomar meu espaço numa manobra, me sinto mais fortalecido e certo de que ganhei alguns segundos preciosos de vida.

Pois é a isso que me refiro. Essa busca constante de se policiar pra não ter um ataque de fúria, um desabafo de raiva ou mesmo um pensamento destruidor. Mas para que isso dê certo, é preciso consciência de que você está mudando e buscando maior complacência no mundo que o rodeia. Atenção, muito diferente é aceitar a tudo e calar-se (esse tipo de atitude, ao longo do tempo, é mais pernicioso que explodir e dizer meia dúzia de palavras impublicáveis).

Tem de estar no íntimo essa necessidade de buscar ser superior aos contratempos. De ter domínio sobre nossas ações e servir, principalmente, de exemplo às pessoas que estão a nossa volta.

Quando essas explosões ocorrem, se formos analisar com detalhes, quem mais sofre são as pessoas que estão próximas de nós. Não digo próximas de distância, mas próximas do coração. Ou vai me enganar que aquele belo e sonoro palavrão foi ouvido pelo motorista que te ultrapassou pela direita?

É fundamental que tomemos a decisão de passar com tranquilidade por sobre estes obstáculos que presenciamos todos os dias, a todo o momento e, se quisermos a vida toda. Decidamos viver melhor e em harmonia. Vamos cobrar sempre que a educação seja prioritária, no trânsito, na escola, na academia, na empresa ou no restaurante, mas, sejamos superiores quando ela der lugar ao mais espertinho ou ao mais desligado.

Abraços a todos.

Estamos a bordo.

 

    5 - As boas lembranças (exibido em 31/10/2010)

 

Lembram-se das delícias reservadas pra quem curtiu os anos 70 e tinha plena consciência disso? Digo tinha consciência, pois, eu nasci na década de 60 mas, aproveitei mesmo foi a década de 70. Era naquele mundo que eu estava crescendo e me tornando alguém.

Ditadura? Pra minha tenra idade isso não significava nada!

Era ali que as coisas mais aconteciam e fustigavam minha imaginação deixando-me curioso do que estava por vir.

Havia tanta coisa boa, pra quem, como eu, era criança e não tinha nenhuma preocupação com nada, a não ser brincar e se divertir a valer. E era tão fácil.

Tudo bem que havia responsabilidades como escola e ajudar a mãe em algum afazer, mas, na grande maioria do dia, era brincar, correr, descobrir, criar, imaginar e rir, rir muito com qualquer coisa. Era fácil ser feliz. Bastava um carrinho de plástico, uma bolinha de gude ou um pião, um amigo e tudo terminava em muita risada e as vezes em muitos puxões de orelha da mãe, afinal, que moleque brincava sem aprontar alguma? Ai acontecia o que de pior podia acontecer; aquela frase que derrubava o humor na hora e, como o relógio andava bem mais devagar naqueles dias, a angústia se tornava interminável: Quando seu pai chegar vou contar pra ele!

Meu Deus, isso era aterrador, era de meter medo e deixar quieto, na esperança de que acontecesse um milagre e a mãe ficasse com dó e deixasse pra lá. E olha que meu pai jamais me deu um tapa sequer.

Parece que hoje essa frase não tem mais impacto algum. Pelo que tenho visto ela soa mais ou menos como: Vamos ter arroz para o jantar...

Pirulito de chocolate da Kibom. Alguém se lembra disso? Que sabor indescritível. Pra você que se lembra, que ótimo, pra quem nunca ouviu falar, sinto muito! Que sabor diferente. Talvez porque a gente naquela época tinha um paladar mais aguçado e tudo era bem mais gostoso. Às vezes saboreio alguma coisa que persiste no tempo, mas, o sabor está longe de ser o mesmo. Doriana, dadinho Dizioli, Yakult, pão de banha, pizza em pedaços na padaria e mais um sem número de guloseimas que marcaram pra sempre. Hoje nós podemos consumi-los também, porém, com o sabor daqueles dias, nunca mais.

Que saudade.

Não só os alimentos eram especiais, também as músicas, os bailinhos de garagem, as malícias sem malícia alguma, as televisões que insistiam em ficar caindo por má regulagem do horizontal, as manhãs com notícias no rádio AM, antes de ir para a escola e o comprimento do dia - os dias eram compridos e cheios de coisas para fazer. Quantas coisas.

Às vezes me pergunto, será que a turminha mais nova tem essa mesma sensibilidade? Será que os mais novos passaram por essa época mágica em sua vida ou só aquela época era mágica mesmo?

Não sei, pois não tem como expressar quão satisfatória era a percepção daqueles dias.

Olhar pra frente agora é o que interessa, porém sem deixar que este passado glorioso desapareça de nossas mentes.

Quiçá nossos jovens sintam a mesma coisa boa quando se lembrarem de quando eram crianças (apesar de parecer que as crianças de hoje são todos pequenos adultos).

Não percam a magia da lembrança e não deixem passar o tempo sem que marcas positivas identifiquem cada época.

Abraços a todos.

Estamos a bordo.

 

    6 - Gesto de carinho (exibido em 17/10/2010)

 

Toda vez que ele saia de casa para ir para o trabalho, beijava a face de sua esposa e também a de seus filhos. Desejava sempre que tivessem um bom dia e que este fosse proveitoso. Entrava no carro, ligava e não saia sem acenar para a mulher que fazia questão de acompanhá-lo até a porta.

No retorno, abraçava sua esposa e filhos, tinha sempre um comentário positivo mesmo que seu dia tivesse sido coberto por muitas encrencas e problemas a resolver. Apesar de cansado ele tentava desligar-se de sua rotina e se posicionar como alguém que volta ao lar e encontra todos bem. Questionava o filho como tinha sido seu dia e ameaçava, brincando, roubar a boneca da filha. Deixava sempre a sensação de que voltou definitivamente para casa.

Cenas assim a gente vê cada vez menos e cada vez mais se fazem necessárias. Pais que saem e chegam despercebidos pelos entes queridos, filhos que não conseguem chegar próximo aos pais e, num gesto natural, abraçar e saber que podem contar com alguém que lhes é seu porto seguro em qualquer situação.

O que será que leva a família a se portar assim? Será que os pais não tiveram esse tipo de tratamento em casa quando eram jovens e automaticamente transferem para o seu lar esta forma de lidar com os seus?

É interessante ouvir os pais dizendo, com firmeza nas palavras, que buscam dar aos filhos tudo aquilo que não puderam ter quando criança, mas, será que essa referência é apenas no campo material? Creio que se não tiveram um beijo na face ou um abraço de boas vindas de seu pai, deveriam buscar dar isso aos seus filhos.

A rotina, os problemas, a falta de atenção por parte dos superiores, as contas a pagar, o excesso de trabalho, enfim, tudo isso forma uma atmosfera pesada e preocupante, mas, não deveríamos ensinar nossos filhos a superar todos os obstáculos com a cabeça erguida? Não buscamos dar aos nossos filhos aquilo que não tivemos?

É difícil quebrar esse gelo quando não estamos acostumados, pois, nossos próprios familiares nos conhecem e mantém uma distância considerável de um beijo de olá ou de um até daqui a pouco. Mas essa manifestação de carinho tem de acontecer.

Num primeiro momento é um tanto estranho, mas depois que nos acostumamos a dar esse carinho, passamos a recebê-lo também de forma natural e essa vitamina é fundamental à vida.

Quando meu filhote chega em casa de seu dia, eu o abraço e beijo. Essa proximidade me dá a certeza de que ele está bem ou posso sentir se algo está errado. Da mesma forma minha esposa age assim e esse carinho nos torna fortes para enfrentar os obstáculos naturais da vida.

E você, mantém essa proximidade das pessoas que ama? Se a resposta é não, experimente começar e sinta como é bom ter sempre perto do coração as pessoas que nos fazem bem e que avivam nossa longa caminhada.

Quebre o gelo e transmita carinho. Todo mundo sai ganhando!

Um abraço a todos.

Estamos a bordo.

 

7 - Músicas (exibido em 03/12/2010)

 

Ouvir uma música, às vezes, deixa-nos aliviados por certos instantes.

Os acordes, a harmonia, aquela mensagem de amor, ou esperança ou mesmo de experiência trata-nos de forma a tornar nossa respiração mais lenta, o ar entra mais fácil pelos pulmões afinal, a gente se sente leve, flutuando na melodia, muitas vezes sem entender uma palavra do que está sendo dito. Para estes casos só a melodia basta. Uma toada afinada que faz bem aos ouvidos.

Quando se pode entender a letra e perceber a mensagem, encanta o coração.

Quando o Beto Guedes diz, vamos precisar de todo mundo, um mais um é sempre mais que dois...recriar o paraíso agora, para merecer quem vem depois, na música sal da terra, me traz esperança. Sei lá mas é isso que sinto quando ouço essa música. É como se um grito do ser humano em torno do planeta ecoasse e pusesse a todos em alerta.

Muitas das músicas executadas nas rádios fazem parte do acervo das pessoas. E pra cada pessoa certamente um detalhe ou uma mensagem. O primeiro beijo, a primeira namorada, lembranças de um momento íntimo quando apenas um olhar expressa todo sentimento ou aquela especial que tocou no casamento escolhida a dedo por representar um momento de glória e de vontade de acertar. Dizer a todos que se tem desejo de acertar, assim como aquele momento mágico está acontecendo. Algumas trazem a lembrança de uma viagem ou de um passeio memorável, outras, o respeito pela composição tão bem lapidada.

Interessante perceber como os mais jovens acabam gostando de musicas mais antigas. É a levada que muitas vezes motiva e faz com que as músicas não tenham idade e não tenham sexo. As músicas são como anjos, isso, como anjos. Elas estão a nossa volta para apoiar e aquecer os corações.

Desnecessário dizer que cada pessoa tem o seu estilo. Uns apreciam rock outros pop, outros ainda adoram sertaneja e há aqueles que não abrem mão de um funk. Pessoas também que, como eu, não têm uma preferência exclusiva e se alimentam com todos os tipos de canções que tocam. Não importa. Quantas e quantas vezes você viu alguém com cara de êxtase ouvindo uma determinada música. Isso acontece até com os mais céticos. Música é algo além da compreensão, que podemos definir como um linimento.

Ela sempre está presente em nossa vida, embalando, informando, aquietando a alma e acalentando o coração.

Se você é uma pessoa sensível, certamente já se pegou com olhos úmidos ouvindo determinada música. Aquele nó gostoso na garganta só de perceber a maviosidade da canção. Às vezes a lágrima vem por termos nos transportado a um momento difícil, triste ou de dúvida, coisas comuns para qualquer ser humano. Mas é a canção que chacoalha nossos arquivos mentais e trás quase cheiros de épocas doces ou, às vezes, não tão doces assim. Prefiro sempre associar a música com momentos bons e que renovam as energias.

Sem dizer quando estamos com algum amigo que executa um instrumento com maestria e te faz viajar nas boas lembranças. Graças a Deus tenho alguém assim próximo que me ajuda a olhar com carinho pra essa prática. Tenho que agradecer essa oportunidade todos os dias.

Quando você estiver atarantado com sua rotina, dê-se um presente e pare para ouvir uma boa música. Entre em sintonia com as notas musicais e sinta a vibração gostosa que só a música pode proporcionar. Eu garanto que se sentirá uma pessoa renovada e mais alegre.

Abraços a todos.

Estamos a bordo.

 

8 - Um mundo melhor (exibido em 31/12/2010)

 

Você já deve ter ouvido a frase: Vamos deixar um mundo melhor para os nossos filhos. Ela ficou bastante comum enquanto aumentava a preocupação com o meio ambiente. Poluição, desgaste nos recursos naturais, uso exagerado de produtos químicos e falta de educação ambiental levou-nos a criar bordões como este que denunciam e chamam atenção para a causa ambientalista.

No entanto, outra frase que li recentemente e que me fez parar para pensar foi: Vamos deixar filhos melhores para o nosso mundo. E está mais que certa. Você já parou para pensar neste ângulo? Você tem feito alguma coisa séria - e quando digo séria, me refiro a abrir mão de sua zona de conforto e olhar com seriedade para o que vem acontecendo - para  averiguar e entender se seus filhos estão se portando dignamente para merecer o mundo que lhes é de direito?

Lamentavelmente tenho lido, ouvido e até presenciado muita coisa desse tipo acontecer. São jovens que se sentem acima de qualquer coisa, acima da lei, acima dos valores mínimos de convivência e, ainda por cima, possuem seus pais como verdadeiros aliados a tudo que possam e queiram fazer.

Onde foram parar os verdadeiros valores humanos em que uma pessoa mais velha deve ser respeitada e onde a educação deve prevalecer a qualquer preço?  Parece que, infelizmente, essas atitudes foram trocadas por outras piores e que fazem um estrago muito grande no convívio social.  

Todos temos visto a proliferação dessas ações e balançamos a cabeça em sinal de reprovação e claro, aplicamos a velha e desgastada frase: “Esse mundo ta perdido”. Ta nada! O que ta perdida é a falta de vontade de mudar, a atitude responsável de olhar para dentro do nosso próprio lar e verificar se não estamos criando bichos papões que atazanarão nosso sono no futuro. Isso é que ta perdido. Claro que não posso generalizar e dizer que todas as pessoas largaram pra lá e estão deixando que o mundo crie seus filhos. Conheço também muita gente boa que aplica com responsabilidade os ensinamentos da vida aos seus filhos e cobram sempre que suas atitudes sejam dignas. Em contrapartida tenho assistido a um número cada vez maior de pais que “terceirizam” essa responsabilidade e depois reclamam do resultado.

Ai, depois que a coisa degringola de vez, a culpada foi a escola, as más companhias, os amigos, enfim, abrem-se um leque de culpados mas, não se culpam a si mesmo por não ter dado a devida atenção aos atos que seus filhos estão tomando quando estão fora de casa, as companhias que se permitem ter, mesmo percebendo que não seriam bons exemplos, a falta de conversa, de diálogo, de questionar o que se tem feito, onde se tem navegado, a quantas anda o desempenho escolar.

Depois que tiver em casa um galalau em que não se tem mais controle algum, não adianta reclamar.

Trabalhar, buscar o sustento é algo de fundamental importância a qualquer pessoa, mas, só pensar em trabalho sem dar a devida atenção aos filhos é atitude para se arrepender depois.

Pior ainda é chegar em casa com cara de mau fazendo com que a esposa evite comentar os problemas diários. “Mãe em casa é que tem que cuidar dos filhos e não vir trazer pra mim mais problemas do que já tenho no meu dia a dia de trabalho”. Ah meu amigo, prepare-se para ter surpresas desagradáveis num futuro próximo. Muitas coisas são omitidas para evitar mais nervosismo e por fim, nossos filhos ficam a vontade para fazer o que bem entendem.

Desculpe fazer com que isso pareça estar acontecendo na casa de todo mundo, mas, às vezes é essa a impressão que dá.

Precisamos olhar com carinho para nossos filhotes e entender que eles esperam de nós os bons exemplos para segui-los. Temos a total obrigação de prestar atenção às nossas crias para evitar que se tornem pessoas egocêntricas e que provoquem situações de tristeza a outras pessoas. Não precisamos de mais adolescentes batendo em professores e maltratando moradores de rua. Precisamos sim, e com urgência, melhorar a educação de nosso povo e entregar ao mundo bons filhos e futuros bons pais.

Abraços a todos.

Estamos a bordo.

 

9 - Receita de longevidade (exibido em 31/01/2011)

 

Estes dias lia um artigo sobre longevidade e deparei com uma história de tirar o fôlego: Uma senhorinha chamada Olivia Silva completou 101 anos e, acreditem, mantendo uma rotina nada ortodoxa de alimentação. Cigarros, gordura e outras iguarias das quais fugimos como o diabo da cruz, fazem parte de sua alimentação. Até cervejinha ela toma (nos finais de semana) e pra completar, caipirinha que prefere com cachaça artesanal.

É interessante ver como as pessoas são diferentes em matéria de saúde e vida. No geral a gente acaba sentindo a maior culpa pelos exageros de final de semana quando apelamos para um churrasco ou pizza, acompanhados de sobremesa. Ajoelhem no milho pecadores! Nos pegamos prometendo correção aos gulosos ataques à geladeira e sorrateiras idas a cozinha em busca de brevidades.

Caminhadas longas, corridas esbaforidas e pedaladas com vontade nos trazem de volta ao mundo dos que buscam manter a saúde em dia.

Vejo todo este esforço com respeito e até confesso tentar às vezes ser um rotineiro caminhador em busca da redenção dos dias de gula, mas, eis a grande dificuldade. Aquelas desculpas conhecidas vêm à tona. Hoje não dá, estou exausto, mas amanhã caminho o dobro afinal abusei um pouco ontem.

No final das contas o que prevalece é cada um conhecer-se a si mesmo e saber seu limite. Entender e compreender que, todo exagero faz mal, mas, como meros humanos, podemos escorregar às vezes.

Manter a saúde em dia é coisa séria, mas não pode ser levado tão a sério a ponto de virar um problema. Aí você elimina todas as possibilidades de um colesterol acima do desejável, mas, arruma uma tremenda dor de cabeça pela cobrança que faz de si mesmo pela manutenção desta forma.

Vamos cuidar de toda a saúde e fazer destas atividades algo realmente prazeroso e que certamente trará a tão sonhada longevidade.

Correr de cara feia não vale!

Abraços a todos.

Estamos a bordo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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